sábado, dezembro 31, 2005

Um ano cheio de poesia

Acabamos, começamos ou simplesmente continuamos... É apenas mais um dia que começa depois das doze badaladas.

Ficam as palavras de um poeta maior a dar corpo ao nosso desejo de um 2006 cheio de poesia.

Até já.


Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã

à névoa do outo dia.


Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia


Todo o tempo é de poesia


Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas qua amar se consagram.


Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.


Todo o tempo é de poesia.


Desde a arrumação ao caos

à confusão da harmonia.

António Gedeão

1 Comments:

At 12:09 da tarde, Blogger sukirida said...

Linda essa poesia... quero mais, quero outras.

 

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