sábado, dezembro 31, 2005

Um ano cheio de poesia

Acabamos, começamos ou simplesmente continuamos... É apenas mais um dia que começa depois das doze badaladas.

Ficam as palavras de um poeta maior a dar corpo ao nosso desejo de um 2006 cheio de poesia.

Até já.


Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã

à névoa do outo dia.


Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia


Todo o tempo é de poesia


Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas qua amar se consagram.


Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.


Todo o tempo é de poesia.


Desde a arrumação ao caos

à confusão da harmonia.

António Gedeão

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Balanço

2005 está quase a chegar ao fim. Foi um ano intenso, com muito trabalho, algumas tristezas e muitas alegrias.
O Contador de Histórias passou por muitas cidades, vilas e aldeias, contactando com inúmeras pessoas através do conto, da poesia, da palavra.
Porque queremos um 2006 ainda melhor, gostávamos de receber os comentários de quem assistiu ou participou nas nossas iniciativas. Pode enviar uma mensagem com a sua opinião para comentarios@ocontadordehistorias.com e ajudar-nos a melhorar o nosso trabalho.

Obrigado e bom 2006.


(já agora veja aqui o nosso postal de Natal)

domingo, dezembro 04, 2005

As vozes dos animais

Foi publicado hoje, na Revista de Domingo do Correio da Manhã uma reportagem feita comigo, representando O Contador de Histórias. O trabalho da Maria João Silva está globalmente bastante interessante, tendo captado o essencial da nossa conversa.
Talvez por ser uma conversa e não exactamente uma entrevista ficou uma falha de comunicação: mesmo no final da peça, onde ficam alguns conselhos para pais, surge a minha opinião como contrária ao uso das "vozes" dos animais, quando se está a contar uma história aos filhos. A minha opinião é outra, eu acho que essas vozes podem ser imitadas, mas aconselho sempre quem conta a tentar conhecer os seus limites. Quando iniciamos o conto devemos ter a noção se temos "capacidade" para gerir todas as imitações que teremos de fazer ao longo da história. Porque enquanto é só a menina, o lobo e a avó... tudo bem. Mas se de repente aparecer o lenhador acompanhado de uma manada de vacas, de um rebanho de ovelhas e de uma vara de porcos, o caso muda de figura. E se, com tanta confusão surgir também o corpo de intervenção da polícia, os bombeiros e...
O erro deve ter sido meu, que não terei expressado bem o meu ponto de vista. À Maria João e ao Pedro Catarino o obrigado pelo destaque.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Desalinhado...

Os servidores onde está alojada a página d'O Contador de Histórias na internet estão desde ontem em manutenção. Durante as próximas horas é provável que este continue inacessível. Pedimos desculpa pelo facto, mas nada podemos fazer para alterar a situação a não ser esperar...